Já lá dizia a raposa...

"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos ha-de fazer chorar."
Antoine Saint-Exupéry in O principezinho

Pequeno grande livro sobre o óbvio para às crianças e esquecido para os adultos.

As palavras que nunca te direi

Um livro interessante alguns dirão, um filme menos bom outros ou os mesmos salientam, um livro e um filme bem lamechas todos concordaremos mas no fundo trata da vida, de amar e sentir, de perder e ganhar, de viver agarrado ao passado ou viver o presente, do momento certo ou de chegar atrasado.

Porquê este livro/filme? Não sei... escrevo agora porque depois posso não ter tempo. Não o reli ou revi recentemente, não o conto reler ou rever brevemente mas está presente talvez porque o conheci numa altura em que se tornou a reportagem de uma época da minha vida.

Hoje... hoje talvez seja mais auto-biográfico, ou talvez seja apenas um documentário do que a vida é, a minha e a de todos nós. Acordamos um dia com uma certeza, com a vontade de fazer ou dizer mas o momento já não existe, partimos ou partiram e deixa de fazer sentido. Outras vezes há, em que a raiva alimentada pela nossa percepção da realidade, por vezes tão virtual quanto o nosso desconhecimento obriga, nos faz calar as palavras, esconder os sentimentos até que um dia, talvez amanhã ou depois seja tarde demais ou simplesmente já não tenha significado.

Claro que talvez valha a pena calar, esconder e esquecer porque se um dia um maluco se fizer explodir no meio de nós, ou disparar sem critério numa lição de moral sem sentido, ou se um dia, num segundo de distracção, o carro nos fugir das mãos e seguir com vontade própria contra o poste, ou ainda se nos disserem que nos restam 6 meses porque temos um "bicho" dentro de nós... aí teremos de tempo de dizer ou ouvir o que se cala... ou talvez já não tenha significado.

Mas que importa?! Qual é a probabilidade de qualquer uma destas coisas acontecer?!