Velho eu?!

Sabemos que estamos a envelhecer quando olhando para um automóvel topo de gama deixamos de pensar "um dia vou ter um destes" para passar a pensar "nunca terei um destes".

Oh Robbie põe os olhos nisto!

Trago-vos então 2 verdadeiros artistas... daqueles com A grande... e L muito maior, L de lata, a enorme lata que se tem que ter para fazer estas figuras! Sem mais demoras, sem mais rodeios, atentos às performances do português Luís Manuel (ao vivo e sem rede) e do Brasileiro Ednaldo (vídeo com forte impacto social). Nota muito positiva para os dois. Estou mesmo a tratar da criação de um clube de fãs do Luís (o Ednaldo que me desculpe mas não há capacidade para gerir 2 clubes).

Luís, o entertainer puro e duro, o verdadeiro artista!




Ednaldo o artista de intervenção contemporâneo. O artista de linguagem internacional.

Descubram(-me)!

Ei-lo... o post que condiz com o estado geral das coisas.

Pensei nisto hoje durante a manhã, enquanto circulava pelo trânsito da cidade com banda sonora adequada... sim, descobri que o rebuliço matinal da urbe toma outro sentido ao som de Rodrigo Leão (banda sonora de "Portugal, um retrato social", e não é por acaso, o homem tem jeito!).

E será que já alguém teria pensado nisto?! Não na banda sonora, não! Em escrever um post à cor do momento? Daqui para a frente vou tentar introduzir um código de cores neste blog, o preto, este, lá está para momentos menos felizes, para quando nada corre definitivamente mal mas tudo parece para lá caminhar.
O verde, bom... o verde para quando o Sporting voltar a jogar à bola. O vermelho, de raiva, não vou usar. O branco, da neutralidade de um comentário ou das banalidades mais banais (redundante este sr!). O azul do humor, mesmo que fraquinho. Dar cor ao blog, à escrita, mesmo que fraquinha. Com esta conversa este post passou de condizente com estado das coisas para um post informativo, devia era estar a amarelo.

Mas depois deste desvio, relevante para a compreensão do futuro deste blog, volto a centrar-me na questão inicial, negro, o estado das coisas, porquê?
Talvez nem interesse a ninguém sem ser a mim mesmo, e se interessar que perguntem, e se eu achar que devo digo, mas basta olhar para o lado, deixar, por segundos que seja, o nosso umbigo na privacidade que há muito não tem, procurar sentir o que os outros sentem, encontrar um sentido, viver sem ser perdido, encontrar objectivos, fazer balanços, para perceber porque está negro o momento. Não tem que ser visto como mau, é apenas assim, há momentos assim e já pensaram que ninguém pergunta ao palhaço se está contente ou triste? Eu sei que alguém já pensou, eu sei que já repeti várias vezes esta frase, mas é a mais pura das verdades e o momento do palhaço, por vezes, condiz com este post.

E quando o mundo se esvazia?

Francisco era um homem quase feliz. Finalmente ultrapassada a dor, guardando a saudade seguia tendo como centro do seu mundo Maria, sua filha. Maria era mais do que o centro do seu mundo, era o seu mundo mesmo.

Quando, pela primeira vez, Francisco aconchegou a sua filha em seus braços, as suas lágrimas desceram sobre a pequena recém-nascida e Francisco vivia a confusão de sentimentos de quem diz olá a uma nova vida e se despede de outra... a sua mulher partiu ao dar à luz Maria e os dois ficaram sós, os dois formaram naquele momento um novo mundo.

Todos os dias Francisco acordava, tomava banho e vestia-se, preparava o pequeno-almoço e depois acordava Maria. Ajudava-a a aprontar-se para mais um dia de escola, tomavam o pequeno-almoço juntos e depois seguiam de mão dada até à escola.

Naquele dia não foi diferente dos outros, ao chegar à porta da escola despediram-se, Maria abraçou Francisco e depois de um beijinho na face dizia "Até logo papá. Gosto muito de ti." e Francisco sorria, respondendo "Até logo Maria. Porta-te bem. O papá também gosta muito de ti.".

Naquele dia não foi diferente, Maria corria a escola até chegar à cantina onde, todas as manhãs, ia dar os bons dias a Luísa, auxiliar que fazia serviço na cantina da escola, Francisco seguia a pé para o trabalho. Poucos metros tinha caminhado quando uma forte explosão se sentiu e Francisco foi empurrado para o chão levantando-se de seguida e correndo para a escola.

Naquele dia houve uma fuga de gás na cantina... Francisco saíu, com Maria nos braços e lágrimas no rosto.

Naquele dia o mundo de Francisco esvaziou.

Feliz continuação...

Ora, cá estamos de volta. Novo ano... segue a banda.
Ausente eu?! Sim... já deviam estar habituados à minha instabilidade literária. Tenho consciência que não abordei os temas mais expectáveis de serem abordados, não fiz balanços do ano de 2007, não fiz previsões para 2008 e porquê?! Porque é idiota! É perfeitamente inútil fazer previsões a 31 de Dezembro quando a única coisa que muda é o ano.

Era mais eficiente fazer balanços mesmo antes das férias de verão e fazer previsões depois das férias de verão. A pessoa está mais positiva, menos nostálgica, o que levaria a resultados bem mais interessantes. Possivelmente os preços não subiam, os fumadores deixavam de fumar, os calões universitários acabariam seus cursos, etc...

Mas não... tem que ser numa época de frio, dias curtos e tristonhos, nostalgia a rodos e de um dia para o outro, sem que nada de especial aconteça, toma lá mais 5% no pão, porque a gasolina já aumentou 10%, e os transportes 4% e o IVA dos ginásios baixa para 5% mas os gajos querem ganhar mais ainda!
E o que é que o pão tem que ver com o ginásio?! Vão lá vocês amassar o pão e vejam se não precisam de exercitar esses bracinhos... tem tudo a ver! Se a nossa mais famosa padeira, Brites de Almeida, não tivesse divido a vida entre o domínio da arte de amassar o pão e o ginásio, à época o Aljubarrota's Place, estavamos todos hablando castelhano o que, pela maneira como ouvimos os jornalistas nacionais pronunciar D. Juan Carlos como D. Ruan Carlos, seria um pesadelo.

Assim somos "tugas", os preços aumentam exponenciamente todos os 1ºs de Janeiro, somos "assaltados" por todos os prestadores de serviços e produtos mas não temos que ouvir más pronúncias castelhanas... já ficamos felizes que nos digam, no que chamo português contemporâneo, "tipo... a cena foi bué da má... porque não avisaste-me que ias deixar de escrever no blog?!"
Boa continuação de vida para todos vós.