Ferrero

Quando mudam o anúncio do ferrero roché?!?!
não há pachorra... Ainda por cima toda a gente já percebeu que a mulher quer um favorzinho sexual do Ambrósio, só mesmo ele continua a acreditar que ela quer chocolates... Bolas!

Uma no cravo...

...outra na ferradura.
Há quem consiga ter esta propensão para ser mau ferrador. Eventualmente a ferradura acabará por ficar no lugar mas irá por certo demorar muito mais tempo.

O equilíbrio no pensamento e na acção garante-nos maior grau de acerto, dar voz à emoção e às nossas parcialidades é, em certas situações, uma enorme barreira a opinar de forma inteligente e elevada.

A recente actualidade desportiva... perdão... actualidade criminal levou-nos a observar uma série de arruaceiros a preparar e a levar a cabo um atentado ao divertimento, à qualidade do desporto português e à liberdade de todos nós de assistir a eventos desportivos em segurança.

- O pedido de 10.000 bilhetes por parte do Sporting foi, quanto a mim, uma mensagem interna de incentivo e procura de mobilização dos adeptos. Estratégia que tem vindo a ser seguida pelo clube de Alvalade e que só não reconhece quem não está atento. Foi entendido e aproveitado pelos meios de comunicação para criar um conflito inexistente e ridículo;
- A inauguração de uma "gaiola" de segurança num jogo "grande" indiciou, desde logo, uma vontade de criar atritos num jogo onde, pela primeira vez em muito tempo não existia qualquer motivo para problemas;
- A resposta da direcção leonina foi absurda. Vem também na sequência de protecção e apoio às claques que tem sido política desta direcção. Deria ter sido desvalorizado o facto evitando que o mesmo fosse usado como desculpa para as atitudes vergonhosas de meia dúzia de pessoas;
- Antes, durante e depois do jogo as medidas de segurança revelaram-se desastrosas. O percurso dos adeptos leoninos até à luz resultou em atrasos na entrada pois, ao que parece, a PSP esperava muito menos adeptos... durante a partida a vídeo vigilância mostrou-se incapaz de auxiliar as autoridades na identificação dos adeptos (dos espetáculos multimédia, digo eu) que durante 90 minutos apontaram lasers à cara dos jogadores do Sporting. No final, deflagra um incêndio numa bancada que devia estar fortemente vigiada. Aparentemente, ninguém percebeu como aconteceu;
- Um dirigente do Sporting tem declarações ridículas no seguimento dos actos lamentáveis de alguns arruaceiros. Lamentável ou não a acomodação dos adeptos do Sporting o certo é que nada serve de desculpa para um estrago que o próprio Sporting vai ter de assumir;
- Os responsáveis do Benfica relegam os 90 minutos de jogo para segundo plano preferindo chamar a atenção para aquilo que não devia ter mais importância do que a detenção dos responsáveis e respectiva punição;
- Os responsáveis do Benfica ameaçam amuar devido às declarações ridículas do dirigente leonino e ao comunicado lamenta os acontecimentos no estádio da luz;

Do jogo, jogado... ninguém fala. Esconde-se com isto o facto de a equipa jovem e inexperiente do Sporting ter batido o pé ao todo poderoso Benfica. Num jogo fraco em termos técnicos mas altamente emotivo as duas equipas mostraram-se competitivas e capazes de muito mais. Exibiram-se a um nível muito acima da atitude dos seu dirigentes, responsáveis e alguns adeptos.
O Benfica consegue uma vitória suada, com muito sofrimento mas revelou uma capacidade defensiva muito boa, não alheia à falta de coragem revelada pelo treinador do Sporting a quem faltou um pouco de garra no momento de tentar dar a volta ao jogo. Todos os intervinientes, no final do jogo, reconhecem esta análise.
Um Sporting condicionado desde o início com a amostragem de cartões amarelos a jogadores cujo posicionamento defensivo era importante, consequência de uma arbitagem que não sendo má se mostrou habilidosa. A este respeito de notar que Daniel Carriço deveria ter sido expulso por acumulação de amarelos assim como Javi Garcia deveria ter visto vermelho directo numa falta assinalada junto à lateral da grande área, no início da segunda parte. Tem uma entrada violenta por trás, à perna do jogador, num lance em que se consegue perceber a intencionalidade da agressão. Lamentavelmente não existem imagens do lance nos resumos muito embora a marcação do livre respectivo esteja incluída nos mesmos.
No final, resultado justo como seria justo qualquer outro, empate ou vitória do Sporting.

Em resumo, dentro de campo um jogo interessante, fora de campo há muito mais a fazer.
As caixas de segurança, dentro e fora do estádio têm de acabar. Tem que se responsabilizar os criminosos e calar os dirigentes. A importância dada às claques é absurda. Só serve para não penalizar que comete actos reprováveis. Promovem o espírito de "exército" e elevam a visibilidade de acções violentas, apenas incentivando a que estas surjam como alimento do ego estúpido de quem nunca teria visibilidade noutras circunstâncias.

O povo... para não variar entretem-se com picardias e factos acessórios deixando de lado o que realmente importa.
Enfim... no que a mim me toca, quinta-feira lá estarei, apoiando a minha equipa, vendo futebol e comportando-me como um adepto decente e respeitador.

Or can it be?

Greve ou não greve?

Em tempos idos fazer greve era um direito e quase uma obrigação. Uma manifestação de participação cívica, uma forma de fazer ouvir a voz do povo anónimo. Quem não fazia greve era visto como reaccionário e suadosista do estado novo.

Hoje o cenário inverte-se, quem faz greve é comuna, sindicalista e não quer trabalhar. São funcionários públicos, mimados com anos e anos de privilégios que agora fazem birra por lhe quererem tirar algumas das regalias e deviam era trabalhar para produzir e tirar o país da crise.
Os jovens já não sabem o que é viver em ditadura, o país perde a memória e a apatia instala-se. Foi essa apatia que nos trouxe aqui meus caros. É a falta de acção e reacção que nos afunda cada vez mais.

É vergonhoso apontar o dedo a quem se ergue e faz ouvir a sua voz, quando estamos quietinhos nos nossos trabalhos, que julgamos seguros, e apenas nos manifestamos no silêncio de emails em cadeia e facebooks da vida com posts a dizer mal de tudo e todos.

É vergonhoso não respeitar os nossos pais e avós que lutaram por liberdade, por um país mais justo e com mais oportunidades para todos quando, num momento como estes, o país é cada vez mais injusto e cada vez com menos oportunidades.

Concordo que não é na greve que se deve procurar soluções, concordo que as eleições são o momento de nos fazermos ouvir mas aí, também aí, possivelmente os mesmos que gritam "vão trabalhar comunas!" ao passar das manifestações, faltaram à chamada e demitiram-se de dar opinião.

Cubram-se de vergonha, vocês que acham que essa posição individualista e egoísta vos leva a algum lado. Interessa certamente a alguns, talvez os mesmos que a cada dia nos empurram para o desemprego, sem olhar à situação em que nos colocam, sem saber se amanhã teremos o que comer ou o que dar de comer aos nossos filhos. São esses mesmos que ganham com a vossa posição. São os mesmos que em seguida partem nos seus carros topo de gama para as suas moradias em condomínios privados, que fogem a impostos e têm fortunas longe de qualquer imposto.

Calem-se, não digam parvoíces, um funcionário público, um trabalhador do privado ou um desempregado não o são por opção, são porque é o único que lhes resta, são porque como qualquer um de nós querem sobreviver.

É esta visão egoísta e individualista que nos traz ao desemprego, sem soluções, sem luz ao fundo do túnel. E só quem nunca passou por isto pode criticar quem se une e luta pelos seus direitos. Um dia não teremos direitos sequer, um dia também vocês precisarão de protecção e ajuda e aí espero que os "comunas" e "sindicalistas" olhem para o lado e assobiem e vos respondam com a mesma arrogância e pouca vergonha com que vocês os tratam hoje.

Hoje é o primeiro dia...

... do resto da tua vida... Já lá diz a canção do Sérgio.
Resta saber se é o primeiro ou se é apenas mais um dia que custa a passar num misto de tranquilidade e vazio. Num lugar que é meu mas que me estranha e que estranho a esta hora do dia. Num silêncio que acalma mas que ameaça matar... matar a vontade de reagir, matar a força que nos faz levantar de novo.

As interrogações são muitas, as incertezas mais ainda, nada está resolvido e a esperança de encontrar uma solução rápida e satisfatória para algumas questões não traz certezas em relação ao futuro. É algo que tenho de fazer eu, responder eu, gritar eu "estou aqui", "estou vivo e capaz" e reconhecer que os erros de percurso ou os tropeções e entradas a pé juntos que sofri não me farão desistir...

Não é simples estar só. Porque só é como nos sentimos quando apenas nós sabemos o que é ouvir este silêncio.

12.237, 4.807, 30.124.800

12.237 é o número de emails recebidos, 4.807 o número de emails enviados em 30.124.800 segundos, o tempo que passei como trabalhor desta empresa. Todos eles aproximados por baixo dos valores reais mas que traduzem o trabalho que procurei cumprir com o máximo de rigor e de acordo com as capacidades que, boas ou más (outros o diram), me são características.

Todos os percursos têm um princípio e um fim e a cada passo nem sempre o que esperávamos encontrar no início se torna realidade, para o bem e para o mal o último passo não nos leva onde acreditámos ir e muito menos provável será que nos leve onde sonhámos chegar. Mas como todos os percursos também este esteve recheado de ensinamentos e experiências que nos fazem acreditar que estamos mais preparados para o que vier.

Bom... resta acreditar que tudo isto é verdade, assentar ideias, recarregar baterias e arrancar para uma nova fase com energia multiplicada.