o 2012 que se pode...

Deixar o 2011 para trás, esquecer as palavras da moda que marcam os tempos e nos marcam, é o que me move para 2012.
Eu também estava do vosso lado, do lado de quem pensa estar seguro, do lado de quem vive a olhar para um cenário que não é a nossa realidade mas hoje a realidade que me obrigaram a viver está a um pequeno passo da realidade que vemos todos os dias a toda a hora.

Para todos os quem continuam como se nada fosse, para todos os que uma e outra vida nada significa senão a necessidade de sacrificar alguém em proveito próprio, para todos os que estão bem mas principalmente para os que não estão bem desejo um 2012 curto, de mudança positiva, de limpeza, de certezas, de vontade e capacidade de ir mais longe, de fazer melhor, de manter o bom e acabar com o mau mas em primeiro lugar desejo a capacidade de perceberem todos que hoje qualquer um pode mudar de lado nesta dualidade que vivemos entre uns e outros.

Feliz 2013... 2012 é apenas um passo necessário.

Quando o Natal ainda sabia a Natal...

Sim... os penteados são ridículos, as roupinhas ui, ui, a música lamechas quanto baste mas trás o cheirinho da magia e inocência dos Natais que tinham mais significado do que folclore.

Feliz Natal e um 2012 com a esperança de quem acredita em algo melhor.


Ferrero

Quando mudam o anúncio do ferrero roché?!?!
não há pachorra... Ainda por cima toda a gente já percebeu que a mulher quer um favorzinho sexual do Ambrósio, só mesmo ele continua a acreditar que ela quer chocolates... Bolas!

Uma no cravo...

...outra na ferradura.
Há quem consiga ter esta propensão para ser mau ferrador. Eventualmente a ferradura acabará por ficar no lugar mas irá por certo demorar muito mais tempo.

O equilíbrio no pensamento e na acção garante-nos maior grau de acerto, dar voz à emoção e às nossas parcialidades é, em certas situações, uma enorme barreira a opinar de forma inteligente e elevada.

A recente actualidade desportiva... perdão... actualidade criminal levou-nos a observar uma série de arruaceiros a preparar e a levar a cabo um atentado ao divertimento, à qualidade do desporto português e à liberdade de todos nós de assistir a eventos desportivos em segurança.

- O pedido de 10.000 bilhetes por parte do Sporting foi, quanto a mim, uma mensagem interna de incentivo e procura de mobilização dos adeptos. Estratégia que tem vindo a ser seguida pelo clube de Alvalade e que só não reconhece quem não está atento. Foi entendido e aproveitado pelos meios de comunicação para criar um conflito inexistente e ridículo;
- A inauguração de uma "gaiola" de segurança num jogo "grande" indiciou, desde logo, uma vontade de criar atritos num jogo onde, pela primeira vez em muito tempo não existia qualquer motivo para problemas;
- A resposta da direcção leonina foi absurda. Vem também na sequência de protecção e apoio às claques que tem sido política desta direcção. Deria ter sido desvalorizado o facto evitando que o mesmo fosse usado como desculpa para as atitudes vergonhosas de meia dúzia de pessoas;
- Antes, durante e depois do jogo as medidas de segurança revelaram-se desastrosas. O percurso dos adeptos leoninos até à luz resultou em atrasos na entrada pois, ao que parece, a PSP esperava muito menos adeptos... durante a partida a vídeo vigilância mostrou-se incapaz de auxiliar as autoridades na identificação dos adeptos (dos espetáculos multimédia, digo eu) que durante 90 minutos apontaram lasers à cara dos jogadores do Sporting. No final, deflagra um incêndio numa bancada que devia estar fortemente vigiada. Aparentemente, ninguém percebeu como aconteceu;
- Um dirigente do Sporting tem declarações ridículas no seguimento dos actos lamentáveis de alguns arruaceiros. Lamentável ou não a acomodação dos adeptos do Sporting o certo é que nada serve de desculpa para um estrago que o próprio Sporting vai ter de assumir;
- Os responsáveis do Benfica relegam os 90 minutos de jogo para segundo plano preferindo chamar a atenção para aquilo que não devia ter mais importância do que a detenção dos responsáveis e respectiva punição;
- Os responsáveis do Benfica ameaçam amuar devido às declarações ridículas do dirigente leonino e ao comunicado lamenta os acontecimentos no estádio da luz;

Do jogo, jogado... ninguém fala. Esconde-se com isto o facto de a equipa jovem e inexperiente do Sporting ter batido o pé ao todo poderoso Benfica. Num jogo fraco em termos técnicos mas altamente emotivo as duas equipas mostraram-se competitivas e capazes de muito mais. Exibiram-se a um nível muito acima da atitude dos seu dirigentes, responsáveis e alguns adeptos.
O Benfica consegue uma vitória suada, com muito sofrimento mas revelou uma capacidade defensiva muito boa, não alheia à falta de coragem revelada pelo treinador do Sporting a quem faltou um pouco de garra no momento de tentar dar a volta ao jogo. Todos os intervinientes, no final do jogo, reconhecem esta análise.
Um Sporting condicionado desde o início com a amostragem de cartões amarelos a jogadores cujo posicionamento defensivo era importante, consequência de uma arbitagem que não sendo má se mostrou habilidosa. A este respeito de notar que Daniel Carriço deveria ter sido expulso por acumulação de amarelos assim como Javi Garcia deveria ter visto vermelho directo numa falta assinalada junto à lateral da grande área, no início da segunda parte. Tem uma entrada violenta por trás, à perna do jogador, num lance em que se consegue perceber a intencionalidade da agressão. Lamentavelmente não existem imagens do lance nos resumos muito embora a marcação do livre respectivo esteja incluída nos mesmos.
No final, resultado justo como seria justo qualquer outro, empate ou vitória do Sporting.

Em resumo, dentro de campo um jogo interessante, fora de campo há muito mais a fazer.
As caixas de segurança, dentro e fora do estádio têm de acabar. Tem que se responsabilizar os criminosos e calar os dirigentes. A importância dada às claques é absurda. Só serve para não penalizar que comete actos reprováveis. Promovem o espírito de "exército" e elevam a visibilidade de acções violentas, apenas incentivando a que estas surjam como alimento do ego estúpido de quem nunca teria visibilidade noutras circunstâncias.

O povo... para não variar entretem-se com picardias e factos acessórios deixando de lado o que realmente importa.
Enfim... no que a mim me toca, quinta-feira lá estarei, apoiando a minha equipa, vendo futebol e comportando-me como um adepto decente e respeitador.

Or can it be?

Greve ou não greve?

Em tempos idos fazer greve era um direito e quase uma obrigação. Uma manifestação de participação cívica, uma forma de fazer ouvir a voz do povo anónimo. Quem não fazia greve era visto como reaccionário e suadosista do estado novo.

Hoje o cenário inverte-se, quem faz greve é comuna, sindicalista e não quer trabalhar. São funcionários públicos, mimados com anos e anos de privilégios que agora fazem birra por lhe quererem tirar algumas das regalias e deviam era trabalhar para produzir e tirar o país da crise.
Os jovens já não sabem o que é viver em ditadura, o país perde a memória e a apatia instala-se. Foi essa apatia que nos trouxe aqui meus caros. É a falta de acção e reacção que nos afunda cada vez mais.

É vergonhoso apontar o dedo a quem se ergue e faz ouvir a sua voz, quando estamos quietinhos nos nossos trabalhos, que julgamos seguros, e apenas nos manifestamos no silêncio de emails em cadeia e facebooks da vida com posts a dizer mal de tudo e todos.

É vergonhoso não respeitar os nossos pais e avós que lutaram por liberdade, por um país mais justo e com mais oportunidades para todos quando, num momento como estes, o país é cada vez mais injusto e cada vez com menos oportunidades.

Concordo que não é na greve que se deve procurar soluções, concordo que as eleições são o momento de nos fazermos ouvir mas aí, também aí, possivelmente os mesmos que gritam "vão trabalhar comunas!" ao passar das manifestações, faltaram à chamada e demitiram-se de dar opinião.

Cubram-se de vergonha, vocês que acham que essa posição individualista e egoísta vos leva a algum lado. Interessa certamente a alguns, talvez os mesmos que a cada dia nos empurram para o desemprego, sem olhar à situação em que nos colocam, sem saber se amanhã teremos o que comer ou o que dar de comer aos nossos filhos. São esses mesmos que ganham com a vossa posição. São os mesmos que em seguida partem nos seus carros topo de gama para as suas moradias em condomínios privados, que fogem a impostos e têm fortunas longe de qualquer imposto.

Calem-se, não digam parvoíces, um funcionário público, um trabalhador do privado ou um desempregado não o são por opção, são porque é o único que lhes resta, são porque como qualquer um de nós querem sobreviver.

É esta visão egoísta e individualista que nos traz ao desemprego, sem soluções, sem luz ao fundo do túnel. E só quem nunca passou por isto pode criticar quem se une e luta pelos seus direitos. Um dia não teremos direitos sequer, um dia também vocês precisarão de protecção e ajuda e aí espero que os "comunas" e "sindicalistas" olhem para o lado e assobiem e vos respondam com a mesma arrogância e pouca vergonha com que vocês os tratam hoje.

Hoje é o primeiro dia...

... do resto da tua vida... Já lá diz a canção do Sérgio.
Resta saber se é o primeiro ou se é apenas mais um dia que custa a passar num misto de tranquilidade e vazio. Num lugar que é meu mas que me estranha e que estranho a esta hora do dia. Num silêncio que acalma mas que ameaça matar... matar a vontade de reagir, matar a força que nos faz levantar de novo.

As interrogações são muitas, as incertezas mais ainda, nada está resolvido e a esperança de encontrar uma solução rápida e satisfatória para algumas questões não traz certezas em relação ao futuro. É algo que tenho de fazer eu, responder eu, gritar eu "estou aqui", "estou vivo e capaz" e reconhecer que os erros de percurso ou os tropeções e entradas a pé juntos que sofri não me farão desistir...

Não é simples estar só. Porque só é como nos sentimos quando apenas nós sabemos o que é ouvir este silêncio.

12.237, 4.807, 30.124.800

12.237 é o número de emails recebidos, 4.807 o número de emails enviados em 30.124.800 segundos, o tempo que passei como trabalhor desta empresa. Todos eles aproximados por baixo dos valores reais mas que traduzem o trabalho que procurei cumprir com o máximo de rigor e de acordo com as capacidades que, boas ou más (outros o diram), me são características.

Todos os percursos têm um princípio e um fim e a cada passo nem sempre o que esperávamos encontrar no início se torna realidade, para o bem e para o mal o último passo não nos leva onde acreditámos ir e muito menos provável será que nos leve onde sonhámos chegar. Mas como todos os percursos também este esteve recheado de ensinamentos e experiências que nos fazem acreditar que estamos mais preparados para o que vier.

Bom... resta acreditar que tudo isto é verdade, assentar ideias, recarregar baterias e arrancar para uma nova fase com energia multiplicada.

Cousas de aquém e além mar

Os suspiros por onde tento fazer sair o que dói e aflige já não são bastantes para conseguir esconder a realidade.
Estou farto de criticar, dou comigo a detestar o que digo ou sinto porque me tornei num pessimista depressivo que me irrita solenemente! Daí a dor e o sofrimento! Está tudo mal. Pois está! A começar por esta cabeça de gralha derrotista que me agarra as pernas a cada passo... E, caraças pá!!!! Já me dirão como é que um gajo anda assim! Difícil é não cair de nariz no chão e esborrachar as trombas na calçada!

De tromba esborrachada dificilmente alguém anda bem disposto... Vá... Pronto... Há para aí uns quantos que mesmo com a tromba a parecer um trambolho andam de bem com a vida mas esses já estão habituados, nasceram assim e colmataram as dificuldades estéticas com a conta bancária. Estarei a insultar algum dos meus leitores?! Hummm... Não me parece. Acredito que os meus leitores são todos bem-parecidos e distinguem-se perfeitamente do Alberto João ou do Bernardo... Será antes Bebardo?! Sim.. Aquele americano nascido na Madeira que ainda não sabe falar português! Nahhh... Esse é o Ronaldo, também não sabe falar português, também tem trombas de labrego bexigoso, também nasceu na Madeira mas joga futebol... O que falo dizem que é mais arte... Arte de saber onde sacar guito!
Com isto tudo, já repararam que é da Madeira que chegam todas estas peças?! Não que tenha alguma coisa contra a belíssima ilha mas na volta já era hora de um controlo de natalidade mais apertado por aquelas bandas.

Antes disso aproveitem as fortunas do CR e do Bernardino para investigarem como é que o Alberto abriu tamanho buraco nas contas da região autónoma sem levantar nem uma poeirazinha que fosse visível daqui do "contenante".

Lá estou eu armado em parvo... Feitiozinho de merda!

estrelas

N'O principezinho existe uma personagem que diz ter todas as estrelas do céu... Diz ele que foi o primeiro a pensar nisso e portanto todas lhe pertencem e apenas as quer para dizer que lhe pertencem... Louco! Loucos somos nós quando achamos que as estrelas nos pertencem... não são de ninguém mesmo quando presas a alguém.

será...

...o que parece?!
Tenho confiança na minha intuição mas a certeza... A certeza só o tempo a trará.

Férias...

O bom das férias é ir para longe sozinho, subir ao alto, ver as curvas do rio, respirar fundo e... o mau... é sentir que falta algo...


Saudade

A saudade existe enquanto a memória não se apaga e há memórias que ficam, e devem ficar, para sempre, não há substitutos, não há compensações.
Talvez mude a forma como nos recordamos, talvez se encontre um dia a serenidade que não é fácil de ter no momento em que perdemos mas certo é que sentiremos sempre falta.

Não há volta a dar, a memória e a saudade é o que fica. Resta também quem nos apoia, quem está presente, quem longe ou perto pensa em nós nos momentos mais difíceis... também esses, com o seu apoio, com o seu carinho, com o seu abraço estão tão presentes como as memórias.

Facilidades não se esperam, quem disse que a vida é fácil de viver?! Podemos fugir de tudo mas não devemos fugir nem da memória nem de quem nos quer bem, se assim não for correremos o risco de deixar de saber quem somos ou de perder o abraço que precisamos.

Por mim, o abraço estará sempre disponível.

A foto que faltava

Um experiência a repetir. A seu tempo um salto de queda livre a 4200m... Haja coragem!


Balula não se sente muito bem...

Sobrevivi ao voo de planador! Recomendo, é muito bom. Pena é que o calor e possivelmente alguns nervos me tenham deixado enjoado... Hoje voltei a estar muito enjoado...
Pergunto-me se ainda é efeito do voo à vela. Logo agora que estava convencido a tirar um curso!

Por um lado seria bom que não fosse do voo por outro as alternativas são bem mais desagradáveis. De qualquer maneira tenho aquela impressão de sabor amargo de que algo de não muito bom se passa... Procuro não pensar muito mas é complicado quando fisicamente algo me recorda que não estou a cem por cento.

Doideiras do Balula... Logo passa!

That's it

Sem papas na língua

Happy ending

Nas asas do vento

Espero planar... Aproximar-me de mim e/ou afastar-me dos outros. Nas mãos de um estranho, nas asas do vento.

Se uma rajada me levar para sempre que fique escrito que nem tudo o que quis consegui, nem tudo o que sonhei alcancei mas tudo o que vivi senti intensamente, que ficam comigo desejos e paixões, que se calam sentimentos que não contarei, que parte pouco mais do que nada e que fica pouco menos que tudo.
Mas tudo correrá bem... E afinal, a verdade será a mesma, que ficam comigo desejos e paixões, que se calam sentimentos que não contarei e que sempre sentirei intensamente o que vivo.

Descobri uma ideia... Retorcida!


Ao passar um navio...

Reza a canção que fica o mar sempre igual. Vá lá, não fica mas acaba por ficar. Já o seguinte verso da mesma canção assume que o sonho não se altera com o passar da vida... Talvez não se altere logo mas acaba por se alterar. Questão de tempo... E de sonhador. Importante é perceber que se sonha, mesmo que o objecto do sonho mude ao longo da vida, com a vida, ao longo dos meses, semanas...
Sonhar por sonhar que mais dá se é assim ou assado?! O assim talvez nunca tenha sido um verdadeiro sonho e o assado até pode estar mais perto de ser real.

Pois é, mas o certo é que o barco que é esta vida deixou marcas profundas no mar que é este sonho.

Blá, blá, blá, blá...

Estou farto de tagarelas... o país está em crise, a europa está em crise, o mundo está em crise e neste meu mundinho reduzido encontro justificação para toda essa crise - A quantidade de "trabalhadores" pseudo-intelectuais (ou pseudo-criativos) que passam o dia a falar e passear pela empresa só pode resultar em fraca produtividade, quer em termos de quantidade quer em termos de qualidade.

O despedimento por justa causa aplicar-se-ia a casos que são louvados e idolatrados sem que se perceba porquê. Assim não vale a pena acreditar.

It's just me...

Ou esta manhã está a durar séculos?!

Cinzetão...


Mil vezes será pouco...

"Nada me contara de tudo aquilo porque sabia que o milagre só sucedia uma vez e que, ao suceder, falava uma língua de segredos que, mal se desvendavam, fugiam para sempre. Mil vezes quis recuperar aquela primeira tarde no casarão da Avenida del Tíbidabo com Bea em que o rumor da chuva arrebatou o mundo. Mil vezes quis regressar e perder-me numa recordação da qual apenas consigo recuperar uma imagem roubada ao calor das chamas. Bea, nua e reluzente de chuva, deitada junto ao fogo, aberta num olhar que me perseguiu desde então. Inclinei-me sobre ela e percorri a pele do seu ventre com a ponta dos dedos. Bea deixou descair as pálpebras, os olhos, e sorriu-me, segura e forte.

- Faz-me o que quiseres - sussurrou. Tinha dezassete anos e a vida nos lábios."

Carlos Ruiz Zafón in A sombra do Vento

Momentos há aos quais queremos regressar durante toda uma vida... mil vezes ou milhões de vezes, momentos há que nunca voltam nem nunca vão querer voltar. Neles estivémos mais próximos que nunca da perfeição e resta a certeza de que isso ninguém vai conseguir apagar-nos da memória.


só porque estiveram por aí a alegrar muito coração e, por certo, alguns em especial...

Já lá dizia a raposa...

"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos ha-de fazer chorar."
Antoine Saint-Exupéry in O principezinho

Pequeno grande livro sobre o óbvio para às crianças e esquecido para os adultos.

As palavras que nunca te direi

Um livro interessante alguns dirão, um filme menos bom outros ou os mesmos salientam, um livro e um filme bem lamechas todos concordaremos mas no fundo trata da vida, de amar e sentir, de perder e ganhar, de viver agarrado ao passado ou viver o presente, do momento certo ou de chegar atrasado.

Porquê este livro/filme? Não sei... escrevo agora porque depois posso não ter tempo. Não o reli ou revi recentemente, não o conto reler ou rever brevemente mas está presente talvez porque o conheci numa altura em que se tornou a reportagem de uma época da minha vida.

Hoje... hoje talvez seja mais auto-biográfico, ou talvez seja apenas um documentário do que a vida é, a minha e a de todos nós. Acordamos um dia com uma certeza, com a vontade de fazer ou dizer mas o momento já não existe, partimos ou partiram e deixa de fazer sentido. Outras vezes há, em que a raiva alimentada pela nossa percepção da realidade, por vezes tão virtual quanto o nosso desconhecimento obriga, nos faz calar as palavras, esconder os sentimentos até que um dia, talvez amanhã ou depois seja tarde demais ou simplesmente já não tenha significado.

Claro que talvez valha a pena calar, esconder e esquecer porque se um dia um maluco se fizer explodir no meio de nós, ou disparar sem critério numa lição de moral sem sentido, ou se um dia, num segundo de distracção, o carro nos fugir das mãos e seguir com vontade própria contra o poste, ou ainda se nos disserem que nos restam 6 meses porque temos um "bicho" dentro de nós... aí teremos de tempo de dizer ou ouvir o que se cala... ou talvez já não tenha significado.

Mas que importa?! Qual é a probabilidade de qualquer uma destas coisas acontecer?!

A minha resposta à "Manela"

Em resposta ao artigo de opinião da jornalista Manuela Moura Guedes publicado no Correio da Manhã (link), tomei a liberdade de escrever o seguinte texto que, depois de publicado nos comentários do artigo, transcrevo para este meu canto:

Cara Manuela o seu artigo falta à verdade num único ponto e permita que a corrija, a percentagem de portugueses que pretende "Voltar a pôr a casa e a vida nas mãos de quem o desgraçou" é de mais de 70% e não 36%... infelizmente é a sua opinião, assim como de muitos dos seus colegas que é partilhada pelo PIG onde, com o devido respeito, não a posso deixar de a incluir.
O problema do país é de uma classe de invertebrados e parasitas que tomou conta de instituições privadas e públicas, de partidos e associações ditas cívicas que carecem de altruísmo, humildade e formação que permitam gerir o bem comum de forma honesta e transparente. E essa classe, que de classe nada tem, só vence porque existe uma grande deficiência no povo, uma questão cultural que nos leva a dizer coisas como "se estivesse lá fazia o mesmo" ou a gerir a vida na base dos conhecimentos e "amiguísmos".


Acrescento aqui, e só aqui porque não me parece que seja o mais importante, que o referido artigo revela a sede de vingança com que a Sra. Manuela está depois do que os seguidores do Eng. lhe terem feito a cama na TVI...

Bolas!

De novo a cair... queda livre sem razão. É assim que pensa quem ainda não se levantou e já se sente a tropeçar.
Num tempo de crises, fmi's e muitas outras sombras é complicado agarrar o positivo e viver com o optimismo que sempre nos deve guiar. Gastei as minhas energias depressa demais, afinal estou a meio caminho entre o início e o fim, mais coisa menos coisa, e não sei onde recarregar as baterias.

São os momentos de isolamento, aqueles que antes me davam força e vontade de continuar, uma espécie de co-inceneração dos meus resíduos tóxicos, que agora me atiram ao tapete... neles, onde apenas eu sei até que ponto me desfaço ou renasço, sempre me encontrei e, tal qual o cão que lambe as próprias feridas, curava as minhas "doenças".
Processo falível esse, agora sei, que nos leva a dar e não receber e nos isola ao ponto de não conseguir gritar que já não se tem força para limpar as próprias lágrimas.

Boa Páscoa

Não que eu seja muito dado a estas coisas da religião mas pouco ou nada custa desejar a quem acredita e vive seriamente uma festividade feliz.
Certo é que celebram os cristãos a ressureição de Cristo e a ressureição é um conceito interessante.
Deixando de parte o sentido religioso e a própria história bíblica ressuscitar pode ter um significado bem mais metafísico ou bem menos literal, significando a mudança de estado, o renascer de forças, vontades ou esperanças. Talvez seja mesmo esta a altura certa de fazer votos, pedir desejos e acreditar num trajecto melhor ou seja, tudo aquilo que se faz no início do ano sem qualquer motivo que não a arbitariedade de um calendário imposto. É esta a altura certa.

Ressuscitem assim e acordem para um novo mundo com energias renovadas, esperanças aumentadas. As lutas do dia a dia estarão aí, logo depois, e é importante não desistir.

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Regras de boa educação

O que não percebemos não é culpa de quem nos explica, cabe-nos a nós perceber o que nos dizem.

Hoje, como ontem ou como amanhã, a verdade está presente em cada palavra, gesto ou silêncio e cada um tem o direito de a procurar, entender e viver como quiser mas é da mais pura boa educação desejar que todos, um dia, de uma vez por todas, encontrem a sua verdade e a entendam e vivam da melhor forma.

Chovem...

...lágrimas que talvez sejam da lua, entre trovões de fúria e de dor, enquanto se esconde na escuridão por saber o quão injusto é o destino.


O sol chega, tanto mais depressa quanto desejado for e muito desejado ele é! Todos aplaudem e sorriem. Ainda nem o pretexto para a lua se esconder está bem claro já as janelas se abrem e as cortinas se afastam para que os raios do divino astro possam aquecer o ar frio e doentio que a lua deixou...e assim se percebe que é no sorriso do sol que se apaga a misteriosa magia da lua, triste e sem brilho próprio não passa senão de uma desilusão. Os erros da lua são as mais fáceis justificações para adorar o sol, e deve ser justo que assim o seja...

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Será que...

...a consciência da fragilidade humana nos pode fazer mais fortes? Será que é preciso que nos lembrem, regularmente dessa mesma fragilidade? O acordar para o pesadelo iminente de perder a coisa mais importante num instante, num suspiro de tempo que quase não nos deixa reacção é a pior das sensações... a angústia asfixiante é um castigo demasiado pesado... mesmo para o mais horrível dos seres. Se eu mereço que me lembrem só a mim.


Sound of silence

Não tem nada de original, título de canção, causa de surdez, indutor de dor ou simplesmente reflexo do estado... Baixar de braços, toalha ao chão, joelhos feridos, lágrimas imaginárias de quem já não tem forças para mais e aterrou violentamente nos espinhos, pedras e lâminas da realidade mais cruel.

Porquê? Já não Estamos nessa idade... E porque não?! É óbvio que é mesmo assim que quer que seja... Hoje já é outra história, quem fica que se arraste, que se afogue na lama imunda e fétida onde sobrevive, em banho-maria, esperando o dia em que, num golpe de misericórdia chegue o doce final que trará o alívio eterno.

Este texto foi escrito borrifando-me no novo acordo ortográfico, na lógica ou em qualquer outra coisa que faça sentido... Não se procure qualquer leitura, interpretação ou paralelo... Só a vida pode ser assim tão irracional.


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