Sabedoria Baluliana

Complicado é ir ao wc em casa alheia com uma cólica brutal e pelo meio descobrir que não há papel... o resto?! O resto é fazer acontecer!

Condenada

"Como foste capaz de matar algo tão grande, tão maior do que tu ou eu ou os dois juntos?
Como é que se consegue esfaquear consecutivamente um sentimento tão poderoso e continuar, sem hesitações, aos sons dos gritos de dor e desespero de quem se esvai numa hemorragia de sofrimento?
Como és capaz de virar costas e esquecer que um dia, num acaso, o encontraste, o alimentaste, lhe deste guarida e protecção?
Como se fere de morte o que se criou, sem lágrimas, sem arrependimento, sem esforço sequer?"

Perguntou ele ao vazio deixado por ela, ou por quem por ela se fez passar.

"Devias ser condenada. Condenada a não amar mais. Condenada a pena efectiva e perpétua de não amor. O coração gelado. Não deveria ser permitido que continuasses a amar quem quer que fosse. O risco de voltares a matar é alto demais.
Não é por mim que o digo. É por qualquer outro que em ti tropece e caia a teus pés. É pela segurança de quem te rodeia ou possa vir a rodear."

Ditou como se de um desejo sólido se tratasse.

"Desculpa... Ninguém deve ser condenado assim. Devias ser condenada a passar pelo mesmo... A encontrar um homicida que, como tu, alimentasse o teu sentimento e te prendesse a ele para depois, facada a facada, retalhasse o teu sentir sem pingo de arrependimento. Talvez te servisse para perceber que o que fizeste não se faz. Talvez abrisses os olhos e pedisses desculpa pelo que fizeste.
Não que sirva de muito... está ferido de morte... a agonia em breve terá o seu fim... Mas..."

Refletiu um pouco, a caminhar para a serinidade, e finalmente decidiu.

"Não... Pouco importa. Esquece que eu já esqueci. É isso que mereces. Que mais dá? É igual. Quem não quer não merece. Fui..."

Pouco depois apenas o leve vazio da cabeça arrumada, o espaço livre e limpo na sua cabeça, no seu coração. As palavras dele sobre ela... simplesmente nenhuma. Silêncio.

Teaser(ão)

Ui trocadilho mauzinho...

Mesmo assim vou arriscar manter. Apenas para vos comunicar que espero, em breve, realizar um post do filme do momento e da loucura que se avizinha com a quantidade de queixas por ruído excessivo a altas horas da noite...
"Ouça... já não há pachorra para ouvir o barulho do chicote! Dasse! A minha filha está a tentar dormir e já me perguntou dez vezes se o Cardinali tinha vindo domar leões para casa do vizinho!"

Até mais meus pequenos e saltitões massajadores faciais!

O rebanho da inveja

Onde queres chegar?

Fixar objectivos sustentados no sucesso de terceiros, movidos por inveja ou ciúme das conquistas alheias é um erro. Afirmo e reafirmo. Estou convictamente convencido disso.
Mas também estou convencido que, muito boa gente, se move por sentimentos de concorrência com o vizinho, amigo, primo ou mesmo irmão. Estou mesmo convencido que é este o princípio base das modas e sucessos espontâneos.

Eu não quero um Porsche porque o dono do Orelhas tem um, ou porque o Miguel Veloso se passeia noutro. Eu quero um Porsche porque quero, como quero ir ver o meu Sporting ou comer uma francesinha ou mesmo uns travesseiros de Sintra.
Da mesma forma, não quero ser bem sucedido profissionalmente, ser dono de uma empresa e do meu negócio porque o Belmiro é dono da Sonae. Quero porque quero.
Não quero um iPhone porque meio mundo tem um. Quero um Sony porque o considero um dos melhores aparelhos do mercado.
É-me totalmente indiferente que o CR ganhe mais num mês do que eu em dez anos ou que o Saramago tenha ganho o Nobel da literatura e eu só escreva palermices. Os meus objectivos não são moldados pelo sucesso ou insucesso dos outros. A minha vaca dá leite, se a do vizinho dá mais que a minha... bom para ele. Preocupa-me é que a minha dê o leite que eu precise e que me baste para atingir os meus objectivos.

Portanto, vejamos...
Queres um iPhone porque todos os teus amigos têm um? Mas até gostas mais de um iCoisa ou de um XCena... então porque não te atreves a ser diferente?
Queres ir de férias para um país tropical porque todos os teus amigos já foram? Mas até nem gostas muito de praia, nem sequer tens dinheiro para esbanjar... Então porque não vais para a aldeia e vives o que gostas?
Queres ir sair para a disco da moda porque todos os teus amigos vão? Mas nem gostas muito de martelos... Então porque não fazes um jantar em casa e uma sessão de cinema na tua sala com alguns dos teus amigos mais próximos?

O fenómeno "rebanho" começa por sentimentos de inveja e cobiça. É importante fixar os nossos objectivos, friso a palavra nossos, sem olhar ao que o "rebanho" come e ou que tem como certo ou como medida do sucesso.

Pensa lá bem... Onde queres chegar?

E por aí vos deixo a pensar, ou não... meus pequenos potezinhos de doce de inveja! ;)

Segue, segue, segue!

Como se faz inversão de marcha com um veículo longo numa rua de sentido único e de uma só faixa?

Não... não é mais uma das minhas palermices sobre coisas que me fazem pensar, mas sim... faz-me pensar. E a questão, em tom de metáfora, é complexa.
Naturalmente que a resposta lógica é "Não se faz." mas talvez possamos engrenar a marcha-atrás e tentar lentamente percorrer a rua em sentido inverso até encontrar um espaço mais amplo em que seja possível optar por outro percurso. No entanto, salta a pergunta nesta minha mente inquieta, valerá a pena recuar?

Mantendo a metáfora, sempre segui em frente. Assim conheci muito rua e estrada, perdi-me e reencontrei-me em avenidas, ruas e ruelas, cruzamentos e rotundas. A forma de aprender e conhecer é seguir em frente. Nem todos os caminhos são os correctos mas é conhecendo uns e outros, correctos e errados, que podemos, com o passar do tempo, acertar mais vezes.

Regressando ainda à questão inicial. Se ao contexto adicionarmos o desejo de não seguir e voltar atrás, mesmo que este desejo seja irracional ou que tenhamos a conciência de que não valerá a pena voltar atrás. Que fazer? Como fazer? Não seria necessário que o plano urbanístico mudasse por completo a envolvente? Ou a melhor alternativa continuará a ser seguir em frente, mesmo tendo em vista regressar ao ponto de partida?

Resta dizer que, seguindo em frente se abre mais um leque de possibilidades. Mais cruzamentos, mais avenidas, mais ruas e ruelas... Podemos então encontrar novos destinos, podemos perder-nos e não encontrar o caminho ao ponto anterior e podemos ainda demorar tanto a regressar que quando conseguimos estar de volta já o ponto se alterou por completo e deixou de fazer sentido o nosso regresso.

É assim a vida meus pequenos "tartulhos" (termo correcto tortulhos) rechonchudos!

Estou preocupado

O que é que ando eu a escrever neste meu cantinho para o AdSenses o seleccionar a receber o anúncio "Czech Ladies - Single Czech women are looking for true love. Join now."?!

Confesso que fui verificar a ligação, não me registei e não encontrei nada que não estivesse à espera mas ao regressar ao blog carrega novo anúncio... "TravelGirls"... Mas o que é isto?!?!
Tenho de moderar a minha linguagem e começar a debater temas mais... digamos... eruditos.

Já leram Eichmann in Jerusalem. A Report on the Banality of Evil de Hannah Arendt? Pois... eu também não. Aconselho vivamente a lerem e colocarem um sem número de comentários neste post sobre as teorias da autora. Não que o tema me interesse, nem sei se interessa ou não, mas confio que comece a ter anúncios mais próprios e que não confundam este meu cantinho com um bordel.

Imagino o tipo de anúncios que surgem no blog da E. L. James... deve ser um regabofe de maluqueiras...

Até mais minhas pequenas codornizes caramelizadas!

Sabedoria Baluliana

Não faças uma pergunta à qual não estejas preparado para tu próprio responder ou para ouvir a resposta.

Valorizar

Não é que interesse estar rodeado de elogios e louvores, não, nada disso. Mas não necessitamos, por oposição, de estar rodeados de críticas negativas e empurrões no sentido descendente.
É preciso mesmo estar rodeado de honestidade e frontalidade. E isso faz-nos bem mesmo quando o que nos apontam é negativo.

Devemos duvidar de quem só vê em nós qualidades tanto quanto de quem só vê em nós defeitos. Por criação e formação teremos sempre um misto das duas coisas, mais qualidades ou mais defeitos é uma questão de balanço. Mas é de estranhar quem apenas em nós vê um dos lados, sinal de que ou são "ceguinhos" ou se fazem de tal.

Por isso são importantes aqueles que nos confrontam com os nossos erros com o objectivo de fazer nós melhores pessoas da mesma forma que nos elogiam as virtudes. Esses, no bom e no mau, estão sempre presentes. E por isso mesmo, de que vale perder tempo em situações que apenas nos puxam para o fundo? Com que objectivo mantemos nós, tantas e tantas vezes, um cenário negativo?

É preciso libertar os pesos desnecessários e voar. Para quê ficar agarrado a um sonho que há muito foi esmagado pela realidade? Para quê valorizar quem não nos valoriza? Para quê valorizar quem não tem sequer a coragem de nos ajudar a ultrapassar os nossos próprios erros?

É assim profissionalmente, é assim nas relações pessoais, é assim na vida.
Só temos duas opções, estar onde nos sentimos bem ou estar a caminhar para lá.

Até mais meus pequenos Reese's gulosos!



Pareço um sapo!

De tão inchado que estou! Brincadeirinha... ou não!

Hoje fui surpreendido com uma frase que saltou deste meu cantinho para o universo desconhecido da grande rede mundial. E soube muito bem. Não foi por acaso, nem por mãos desconhecidas e, mesmo que tal pareça ser motivo para menor orgulho, soube mesmo muito, muito bem!

Quem sabe não é o primeiro passo para outros voos?! Ou não... mas fez o meu dia!

Tenho de agradecer a quem de direito e deixar não só a ligação para a publicação como para a Gbliss um parceiro cheio de charme portuense. Obrigado RR! ;)