Dei comigo de novo!

Hoje dei comigo a "revisitar" e-mails "antigos"...
Curioso como em poucos dias dou comigo duas vezes! Nem sempre acontece... a maior parte do tempo não sei onde ando. Mas gosto de dar comigo, chega a ser surpreendente! - Eh lá! Olha quem é que está aqui! 'Tás bom pá?! - Eu trato-me a mim próprio com esta confiança toda mas não me levo a mal.

Bom... recomeçando... Hoje dei comigo a "revisitar" e-mails "antigos". Quem escreve "antigos" quer escrever "não actuais", com uns bons dois anos de idade. Não que esteja numa fase saudosista e procure histórias e mensagens já com algum cheiro a mofo, apenas procurava uns dados para uso profissional que pensava perdidos nos arquivos empoeirados do e-mail do meu anterior trabalho (Sim... eu guardo todos os e-mails de todos os trabalhos por onde passei).
O certo é que passei os olhos por um ou outro email trocado e acabei por me deparar com os meus textos de despedida dos colegas (e alguns amigos) de trabalho.
É giro... acho que é a palavra certa, é giro. As voltas que o mundo dá em dois anos, ou não, ou simplesmente as voltas que o mundo não dá e mesmo assim o tanto que nos movimentamos.

Sem me querer alongar muito neste tema digo-vos apenas, no próximo texto de despedida que tenha de fazer vou-me limitar ao saber de experiência feito, nada de promessas de contacto eterno, de muitas saudades e falta que os colegas vão fazer, de palavras lamechas sobre o muito que se viveu, de contactos para usarem sempre e quando precisarem ou quiserem. Nada disso. Há que ser realista e perceber que para uns 90% dos ex-colegas / amigos de trabalho (com tendência para com o tempo chegar aos 100% dos casos) é tudo muito bonito na hora da despedida mas assim que a porta se fecha nas nossas costas passamos à história. A verdade é que, numa percentagem idêntica, também eles passam à história embora, por deformação pessoal, queira acreditar que em mim resta sempre um pouco de alguns deles do que nesses resta de mim.

Espero não necessitar deste texto mas, a título de exemplo, deixo aqui um pequeno exemplo do que pode ser um e-mail de despedida realista:

"Caros,

Fui.

Com os melhores cumprimentos,
(Nome de preferência em iniciais para que aqueles que guardem o e-mail venham a ter um trabalho extra em recordar o nome de quem o enviou caso o voltem a ler)

P.S. Espero que não me levem a mal por não deixar qualquer contacto mas, dado que duvido que os venham a utilizar para alguma coisa, poupei-me o tempo dos digitar poupando-vos igualmente o tempo de os ler e, eventualmente, de os guardar."

P.S. (este ao post) Não posso deixar de referir que existem casos, ainda que pontuais, onde a vontade mútua de manter o contacto permite a manutenção de uma relação de amizade. Nem tudo, nem muito menos todos "desaparecem" sem deixar rasto.