"Martírio" e Pinto e o meu interesse pela política

Estava sem tema para escrever quando esbarrei com a notícia sobre o decorrer dos trabalhos do primeiro congresso do Partido Democrático Republicano (PDR).

E perguntam vocês: O que é que pode ter de interessante o primeiro congresso do PDR?

Exacto. Isso mesmo. Nada. Sem ponta de interesse. Mas por vezes dá-me para isto. Ler notícias sobre temas sem qualquer interesse. No entanto, ouvir o agora presidente do novo partido PDR e ex-bastonário da ordem dos advogados, Marinho e Pinto, é, de certa forma, divertido.
Por vezes até tem umas "bocas" bem direccionadas mas no geral torna a política naquilo que na realidade é neste país: uma palhaçada. A diferença para os restantes é na forma como o faz descaradamente.

Focando-me na notícia... Então lá organizaram um congresso, imagino que recheado com discursos hilariantes, e colocaram à votação a declaração de princípios e os estatutos. Quando se preparavam para a eleição do conselho nacional eis que surge uma lista concorrente ao grupo liderado por Marinho e Pinto. No estilo "Surpresaaaaaaa!!!"
Essa lista contava com o apoio de militantes de última hora, supostamente recrutados na Igreja Maná, igreja a que a mulher do candidato "espontâneo" pertence.

Ora... mais hilariante que isto dificilmente se encontra. Imagino o pastor da Igreja Maná, na celebração anterior ao congresso do partido a dizer "Teu será o Reino do Senhor se votares na lista do Alexandre Almeida para o Conselho Nacional do PDR! Afastai de vós a figura do Demo, Marinho e Pinto! O Senhor está entre nós! Vota Alexandre Almeida!"

Estou tentado em inscrever-me na Igreja do Reino de Deus (suponho que tenha mais fiéis) e tomar de assalto o PSD ou o PS no próximo congresso aos gritos "O Senhor é vida!!! O Senhor está comigo!!!"

Porra pá! Camaradas... esta cena está a ficar interessante. Imaginem o que será os Manás disputarem as legislativas em coligação com a Igreja Universal e a Igreja batista em Chamas.
No parlamento os deputados assistem a exorcismos dos líderes da oposição executados pelo presidente da assembleia e todos os meses é sacrificado um comunista para servir de exemplo ao povo, que se passará a chamar rebanho de fiéis. Digamos que a festa durava uns dois ou três anos e depois era cancelado o ritual por falta de comunistas para sacrificar.

O Costa e o Coelho que se cuidem... Isto vai virar novela da Globo!

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