Paradoxo

Há muito que me debato sobre uma questão paradoxal de complexidade elevada mas completamente ignorada pela comunidade internacional de filósofos e pensadores. Tomei a liberdade de baptizar a questão de Paradoxo do Lugar de Deficientes, designação que, como poderão analisar no decorrer deste post, é absolutamente pertinente.

Vejamos... segundo a lei os lugares de deficientes estão reservados, por incrível que pareça, a portadores de deficiência. Assim quando um indivíduo aparentemente desprovido de qualquer deficiência estaciona num destes lugares está a cometer uma infracção, a abusar e a faltar ao respeito a pessoas que realmente têm direito do seu usufruto. No entanto, podemos assumir que esse infractor deverá ser portador de alguma anomalia psíquica que o impede de ter bom senso e educação o que o torna, à luz do que se assume ser deficiência, portador da dita e por consequência, passa a ter direito de estacionar no lugar amarelinho... mas se é assim, o facto que causou a provisória deficiência deixa de ser relevante, ou seja, estacionou por direito próprio num lugar de deficientes o que o torna, de acordo com o processo de construção desta análise, normal...

Posso prosseguir nesta divagação mas não faz qualquer sentido percorrer ciclicamente este paradoxo, não tem solução, deixo-vos entregues à cascata de pensamentos que por certo este post vos induziu!

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom, muito bom, muito bom ...
Mas os lugares de estacionamento amarelinhos são para deficientes motores!!!!! Os outros não contam!
:P

Rica Balula disse...

Assumindo que a deficiência mental tem por consequência a deficiência motora o paradoxo existe... mas é verdade que se não tiverem o dístico no carrito não podem estacionar... parece que neste país os lugares estão reservados a quem consegue o autocolante azul e não a quem tem deficiência motora.