Adeus

Detesto despedidas! Mesmo quando sei que não há volta a dar, detesto despedidas.
Sou um lamechas, assumo isso, sou um lamechas do pior que há e detesto despedidas.

Associo a palavra Adeus à despedida definitiva, a toda uma carga negativa que nos remete para o afastamento definitivo, sem remédio nem probabilidade, ainda que ínfima, de que esse Adeus signifique um Até já.

É uma palavra sem significado que não o de Adeus. Num Até logo ou um Até já deixamos explícita a vontade ou a probabilidade, mais ou menos alta, de voltar a encontrar, num Até amanhã depositamos toda a nossa crença na existência do amanhã para todos os presentes mas, num Adeus... Adeus é Adeus e não há mais.

Bom... na verdade, e ao que apurei, a origem da palavra está na frase "A Deus vos encomendo" tendo sido com o tempo abreviada para "A Deus" dando origem  a palavra que conhecemos.
No fundo acaba por significar mais ainda, para os crentes encomendar alguém a Deus só pode ter um significado... pode muito bem ser traduzido por "Morre longe!". Talvez seja uma interpretação abusiva e assim mantenho a minha teoria inicial sobre a palavra, afastamento definitivo pelos mais variados motivos.

Escrito isto, divagando sobre a etimologia da palavra Adeus, devo reconhecer que durante a escrita de todos os posts de hoje esta palavra esteve sempre presente. Apenas este texto vê a luz do dia... ou a bruma da blogosfera, talvez porque considere importante registar, agora e aqui, que detesto despedidas.

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