As perguntas que me fazem

Tornada mais ou menos pública a minha veia de escrevinhador sou confrontado com algumas questões cuja profundidade varia com o conhecimento do que escrevinho (aquele que escreve).

Agora és escritor?
Não. Não é agora, muito menos sou escritor. Quando muito sou escrevinhador e já desde Julho de 2007. Pelo menos de forma mais (ir)regular.

Escreveste um livro de código de programação?
Não. Ainda não virou livro e por certo não são páginas e páginas de código. Seria pouco interessante, digo eu que não percebo nada disto.

Quando é que o livro é publicado?
Não sei. Ainda não está decidido. Nem sequer está decidido que seja publicado. Estou no bom caminho, depende de mim, está pronto a ir para a editora, falta a minha decisão.

É biográfico?
Não.

Ahhhh! Mas o protagonista és tu!
Não! O protagonista, assim como as restantes personagens apenas existem nas palavras que escrevinhei. Mas, como já referi, não sou escritor, sou escrevinhador. Assim optei por "decorar" personagens e cenários com características que me são familiares.

Lendo coisas que escreveste há algum tempo não sentes como se não tivesses sido tu a escrever?
Sim. Acontece-me com alguma frequência. Por vezes acontece-me mal acabo de escrever e estou a rever. Acontece-me pensar "Dasse! Tava inspirado..." ou "Eu não me lembro de ter escrito tal coisa!" ou "Quê?! O que raio querias dizer com esta frase?!" entre outros pensamentos de estranheza.
Por vezes, escrever é para mim entrar num estado de semi-ausência, ou num eu paralelo. Resulta numa limpeza de pensamentos e tem por consequência a falta de memórias sobre os momentos da escrita de alguns textos.

Para finalizar... escrever não é, para mim, uma coisa séria demais, mas também não é uma brincadeira, é apenas terapêutico, importante.
Tem sido um processo complexo de exposição e que, acredito, será tão mais complexo quanto maior o sucesso caso venha a ser editado (reforço que, não faço ideia se, havendo edição, terá ou não sucesso. Nem tenho qualquer expectativa elevada em relação a isso).
A escrita revela muito e é fácil confundir a ficção com a realidade. Lançar ao público um texto, uma história é dar um pouco de nós e abrir a porta a que nos julguem e nos avaliem. Não é fácil.
Qualquer pergunta é válida mas... o ser surpreendente que eu escreva não significa que seja passível de ser ridicularizado ou menosprezado.
Como várias pessoas me disseram, fiz o mais complicado, criar um texto original capaz de ser editado. É em si uma concretização e estou contente com isso. O que resultar a mais desta aventura será um extra.

Conto em breve ter novidades. Espero que boas novidades. ;)

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