A galinha e o ovo

Há pessoas que contam com o ovo no cu da galinha. Perdoem-me esta expressão brejeira mas é apropriada para o tema que de seguida desenvolvo. Dada a seriedade da questão vou mesmo reformular. Então vamos lá, explanava eu, existem humanos que tomam como adquirida a presença do zigoto no recto da ave galiforme.

É um problema sério. Porque se antes não se alimentar devidamente a ave, não se proporcionar ao pequeno animal as condições para produzir ovos, dificilmente o ovo chegará à passagem rectal do ser. E isto é um trabalho que se pretende tão contínuo quanto o desejo de continuar a contar com a produção regular de ovos, ou seja, não basta encher a moela à pita até ao limite do impossível e depois esperar que durante anos a dita cuja nos retribua o favor. (Até porque deve custar horrores fazer passar uma coisa daquele tamanho por um canal tão diminuto. Até as lágrimas saltam! Bolas!)

Serve esta metáfora para explicar que as relações entre pessoas, sejam elas de que nível forem, precisam de ser alimentadas por todas as partes envolvidas sempre e quando o objectivo seja manter a relação.

Dito isto, quem não "alimenta" a galinha arrisca-se a que chegue o dia em que quer o ovo e... pufff.. ele não está lá. E se pensam que sempre podem ficar com a galinha, bom, de que serve uma galinha decrépita e em fase terminal?

Sem comentários: