Segue, segue, segue!

Como se faz inversão de marcha com um veículo longo numa rua de sentido único e de uma só faixa?

Não... não é mais uma das minhas palermices sobre coisas que me fazem pensar, mas sim... faz-me pensar. E a questão, em tom de metáfora, é complexa.
Naturalmente que a resposta lógica é "Não se faz." mas talvez possamos engrenar a marcha-atrás e tentar lentamente percorrer a rua em sentido inverso até encontrar um espaço mais amplo em que seja possível optar por outro percurso. No entanto, salta a pergunta nesta minha mente inquieta, valerá a pena recuar?

Mantendo a metáfora, sempre segui em frente. Assim conheci muito rua e estrada, perdi-me e reencontrei-me em avenidas, ruas e ruelas, cruzamentos e rotundas. A forma de aprender e conhecer é seguir em frente. Nem todos os caminhos são os correctos mas é conhecendo uns e outros, correctos e errados, que podemos, com o passar do tempo, acertar mais vezes.

Regressando ainda à questão inicial. Se ao contexto adicionarmos o desejo de não seguir e voltar atrás, mesmo que este desejo seja irracional ou que tenhamos a conciência de que não valerá a pena voltar atrás. Que fazer? Como fazer? Não seria necessário que o plano urbanístico mudasse por completo a envolvente? Ou a melhor alternativa continuará a ser seguir em frente, mesmo tendo em vista regressar ao ponto de partida?

Resta dizer que, seguindo em frente se abre mais um leque de possibilidades. Mais cruzamentos, mais avenidas, mais ruas e ruelas... Podemos então encontrar novos destinos, podemos perder-nos e não encontrar o caminho ao ponto anterior e podemos ainda demorar tanto a regressar que quando conseguimos estar de volta já o ponto se alterou por completo e deixou de fazer sentido o nosso regresso.

É assim a vida meus pequenos "tartulhos" (termo correcto tortulhos) rechonchudos!

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