O Seguro morreu de...

... problemas nas costas.

E lá está, podia ficar por aqui e estava cumprida a promessa de escrever sobre os temas sugeridos.
Abro um parêntesis para agradecer as muitas sugestões que recebi até agora, pelos diferentes canais possíveis. Tenho neste momento temas suficientes para escrever os próximos, digamos... hummm... um texto, ou seja, este.
Vamos lá tentar então.

O meu anúncio do título poderá ser merecedor do mesmo comentário que Mark Twain utilizou para responder às notícias que davam conta do seu falecimento, é manifestamente exagerado. Mas, digo eu, é apenas uma questão temporal.
Seguro deixou de estar seguro (se é que alguma vez esteve) no momento em que, colocado em posição compremetedora pelos resultados das eleições europeias (meio agachado e de calças na mão), foi repentinamente atacado pelo actual presidente da autarquia lisboeta. Estou certo que a investida de Costa foi bastante dolorosa (em muito em consequência do arcaboiço do autarca socialista) e poderá ter provocado danos irreparáveis na coluna vertebral de Seguro. Espera aí... coluna vertebral e novos políticos surgidos das juventudes partidárias sem currículo que não o de exímios lambedores de traseiros e engraxadores de sapatos?! Não combina. Corrijo então. Provocou-lhe, por certo, danos irreparáveis no corpo mole que incrivelmente lhe permite manter uma posição erecta.
A intervenção do autarca fez por certo tremer muita gente, começando pelo bebé chorão do seu partido e acabando no trafulha que lidera o governo. A reacção de ambos os lados da barricada foi muito semelhante. Reagir com normalidade mas deixando um fortíssimo aroma a fezes no ar. Julgo que desde que Costa falou há muito político do PS e do governo que passou a ser fiel cliente da Lindor.

Eu diria que foi uma resposta a um dos desejos do povo e ainda falta a outra, correr com o leporídio e seus amigos. Tudo bem que a generalidade das pessoas se derrete perante o choro e a carinha tristonha de um pequeno bebé mas, daí a nutrir os mesmos sentimentos por um homem de 52 anos de idade com o mesmo comportamento, vai uma grande distância.
Como já referi em anterior post de análise sobre as eleições, o povo, chamado a escolher os deputados que representaram o nosso país no parlamento europeu, decidiu ir para a praia, para o shopping ou para outro qualquer local longe das urnas. Dos poucos que manifestaram a sua opinião surgiu uma renovada divisão de votos onde ficou claro que entre um bebé chorão e um mentiroso as pessoas hesitam, hesitam muito.

Com um líder forte o PS teria capitalizado toda a vergonhosa actuação do actual governo e teria ganho com larga maioria (digo eu). Com um choramingas a comandar as hostes socialistas até os mais fiéis dos socialistas devem ter fugido da decisão. Acredito que até o Costa votou no PAN só para poder dar o golpe no dia seguinte às eleições.
O que me faz acreditar que a não derrota do PS foi consequência da fraca liderança é precisamente o facto de achar que entre um líder socialista mais ou menos forte e um mentiroso acompanhado por uma legião de sem vergonhas que redefinem a cada dia o significado de palavras como promessa, mentira, verdade, honestidade e irrevogável, o povo escolheria o primeiro (isto porque também já deu para perceber que a cobardia dos portugueses os impede de arriscar noutros partidos a não ser que seja para a palhaçada).

A mim agrada-me bastante mais ter um líder socialista com grande poder de embate e assim para o mulatinho (uma vitória de Costa no partido e no país colocar-nos-ia na linha da frente do combate ao racismo, seria o nosso Obama) do que ter um boneco chorão com a fralda borradinha por a qualquer momento poder ser corrido do poleiro onde o depositaram.
Acredito que Seguro é daqueles que quando chegou a líder do PS ligou para a mãe a dizer "Já sou secretário geral!" contrastando com Passos Coelho que terá dito "Primeiro quê?!" quando ganhou as eleições legislativas.
Ninguém consegue levar a sério estes dois palermas. Se eu falar sempre como se estivesse a pedinchar qualquer coisa o pessoal goza comigo, não vota em mim. Se por outro lado eu for um mentiroso acabado , continuar a esmifrar o povo e me rodear de amigos envolvidos em casos duvidosos do sistema financeiro o povo não vota em... espera aí... como é que o Cavaco chegou à Presidência? Bom... nova correcção. Nesta última situação o povo pode ainda votar em mim.

De qualquer forma o estado da política portuguesa no que toca às chamadas principais figuras está no seguinte ponto:

- PR, Cavaco Silva, falecido há já algum tempo.

- Presidente da Assembleia, Assunção Esteves, aparenta distúrbios de foro psicológico e arrisca-se a receber o prémio Carreira e Reforma Meteórica.

- 1º Ministro, Passos Coelho, mentiroso compulsivo sem currículo nem vergonha.

- Vice-primeiro ministro, Paulo Portas, desaparecido em combate, situação irrevogável.

- Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ao que parece seleccionada por ter anterior experiência em limpezas de ppp's. Demonstra manter tanto o jeito como o interesse no mesmo tipo de acções.

- Secretário Geral do PS, António José Seguro. Sofre de distúrbios intestinais repentinos sempre que ouve o seu primeiro nome ou a palavra costa. Chora frequentemente. Tem aquele ar de totó, crominho da escola, que fica sempre à baliza porque não tem jeito para mais. Se alguém passar por ele e gritar bem alto "Costa!" reage assumindo a posição fetal e chuchando no polegar enquanto choraminga.

Urge, portanto, mudar alguma coisa. Substituir os cadáveres e desaparecidos por elementos que consigam pelo menos respirar pelos próprios meios.
Retirar todos os elementos do governo e partidos políticos que façam uso frequente de produtos Lindor.
Encontrar tipos com capacidade, coragem e inteligência para dirigir o país.
Criar um memorial junto do Largo do Caldas em homenagem ao desaparecido partido CDS-PP e seus dirigentes.
Enviar para o ensino recorrente um conjunto alargado de governantes e ex-governantes garantindo assim uma elevado número de elementos capazes de suprir as necessidades de caixas nos hipermercados do país. Os que não pretendam estudar podem seguir a vocação e ocupar vagas de coveiros, posição para a qual têm comprovada experiência.


2 comentários:

Fátima disse...

Isto é que é, discos pedidos em menos de 24 horas ;)
Gostei especialmente da parte em que chamaste ao Costa o 'Obama português'. Infelizmente para nós, e também para os norte-americanos, não há mulatinhos progressistas da política que façam milagres, qual JC. Acho que gosto do Costa, pelo que tem feito em Lisboa (exceção óbvia para o trânsito na rotunda do marquês), e é bem preferível ao Seguro, mas não é no PS nem no PSD que reside a salvação do povo português. Infelizmente, apesar dos 16 partidos que se candidataram às últimas europeias, para o tuga só existem dois partidos...

Rica Balula disse...

Pelo menos a rapidez no serviço, já a qualidade é o que se pode arranjar. :)
Realmente o povo tem muito a aprender sobre o poder que tem e a possibilidade de tomar outras opções.
Mas também é preciso perceber o risco de seguir o populismo e os partidos "perigosos" que se escondem nos chavões universalmente aceites para fazer passar outras mensagens bem menos aceitáveis.>
Continua a pedir temas que eu continuarei a tentar puxar pela criatividade... pelo menos a possível. Quem dá o que tem... :D