Coisas que me deixam a pensar

Como é que as pastas de dentes com riscas mantêm as mesmas até ao fim da bisnaga mesmo quando as esmagamos e dobramos?

Para esta já sei a justificação, ainda não comprovei. Mas de facto é necessária uma precisão extraordinária para garantir que nem a pasta acabe antes das riscas, nem as riscas acabem antes da pasta. A pasta Medicinal Couto necessitava de uma invenção semelhante para se relançar no mercado... bom... talvez necessitasse de reduzir aqueles grumos que a fazem parecer a massa de tapar buracos na parede e o aroma a hálito de velhinho acamado que tem.


Porque é que pão de pobre quando cai, cai sempre com a manteiga para baixo?


Isto acontece com pão de pobre e pão de rico. Acontece simplesmente. No caso dos ricos não sei a resposta. No caso dos pobres a minha mãe, um dos pilares de tudo o que sou, já me explicou.
Pobre, quando tem manteiga para barrar o pão, barra dos dois lados! Pedaço imenso de sabedoria materna a juntar a tantos outros que me passou e que felizmente continuará a passar.


Porque é que as pequenas peças de qualquer objecto que manipulamos, quando caem ao chão, raramente ficam à vista?

Sem explicação. Fico lixado quando isto acontece. E é quase sempre. Um tipo está de volta do pc que sobreaqueceu. Precisa trabalhar. Está puto da vida! Desaperta dois mil parafusos minúsculos e um deles, normalmente o mais importante, cai para um tapete beige claro. Ah... não há problema. O parafuso é escuro, fundo claro vai saltar aos olhos. Não! Não, não, não! O cabrão do parafuso foi parar não sei onde, debaixo de não sei quê e passamos a seguinte hora de traseiro para o ar, com pilhas, lupas, holofotes e mais que seja necessário para perceber onde caraças se meteu!


Ao abrir uma caixa de comprimidos, a estrear ou já começada, como é que, na maior parte das vezes acertamos no lado onde está o raio da bula?

Sem explicação. Absolutamente irritante. Acontece diria em 90% das vezes.
Eu diria que as caixas têm um sistema de sensores que ao detectarem porque lado estamos a abrir a caixa dão a volta à bula. Filhos da mãe!


Na mesma temática da anterior, porque é que é impossível voltar a dobrar uma bula de medicamentos exactamente da mesma forma que a encontrámos?

Eu diria que quem dobra as bulas dos medicamentos são seguidores do Rubik. Desenvolvem autênticos quebra-cabeças de dobragens e vincos praticamente impossíveis de resolver.
Depois de aberta a bula nunca mais voltará a tomar a mesma forma. Façam como fizerem não fica igual, ocupa muito mais volume e colocar os blisters de novo no interior passa a ser o maior pesadelo do doente. De perder os sentidos. Raios te partam Rubik das bulas!


Porque é que nos casos dramáticos de cólica súbita e consequente evacuação de emergência o rolo de ph está sempre esgotado ou perto disso?

Não só uma pessoa está a contorcer-se de dores, como passa pela tortura do despejo em ritmo de arma automática com o consequente cenário de "destruição" como, ainda por cima, quando tenta reparar os danos faltam as ferramentas. Lei de Murphy? Não sei... Mas estou-me a cagar para a justificação.


Porque é que estando à espera do autocarro durante muito tempo ele aparece no momento seguinte a termos acendido o cigarro?

Coisa que não me acontece há muito. Especialmente porque já não ando de autocarro. Mas era um facto. Podia estar um trânsito caótico, a cidade parada, até onde a vista alcançava não havia sinal do gigante paralelepípedo sobre rodas, tirava o ventil do bolso, sacava um cigarro que colocava lentamente entre os lábios. Pausava cada movimento já à espera do que ia acontecer. Desta vez não me lixas! Deitava um olhar para o fundo da avenida, nada, não havia sinal do transporte. Aproximava o isqueiro da ponta do cigarro e lançava um último olhar, nada. Pressionava a pequena mó e a faísca inflamava o gás criando a chama, puxava o primeiro bafo do pequeno ventil e... já estás! Chegou o autocarro! Porra pá! Porquê?!?!


Porque é que há sempre um polícia por perto quando cometo uma infracção de trânsito consciente disso?

É sina. Só pode. Posso estar no meio do deserto, decido inverter a marcha numa duna com indicação de sentido único. Já estás, Sr. Condutor os seus documentos se faz favor!
Obviamente que não é frequente, deixei de cometer infracções conscientemente. Tirando as de velocidade... mas aí não sofro desta perseguição.
A última situação destas levou-me 120,00€ por uma chamada de telemóvel com uma cliente. Quando a informei posteriormente do que se tinha passado, para justificar o ter desligado repentinamente, ignorou-me por completo. Porca!


E assim de repente é isto... voltarei à mesma temática assim que me recorde de mais situações que me deixem a pensar.
Até mais meus pequenos Kinders Surpresa!


1 comentário:

Paula disse...

Na semana passada passada tive a mesma sensação que tu perante uma bula, não fiz foi a associação ao Rubik! :D