Guerra de sexos

- Eu não sei que raio te passa pela cabeça... Consegues ao menos ser coerente?
- O que me passa pela cabeça?! Tu dizes o que dizes e depois queres que eu seja coerente?!
- Mas eu não disse nada!
- Exacto. Não dizes nada que já é dizer muito!
- Mas... mas.. afinal... o problema é eu dizer ou é eu não dizer?!
- É como quiseres.
- Desculpa?! Como eu quiser o quê?
- Eu não quero nada disto.
- Disto?!
- Não me sinto bem assim. Tu queres, tudo bem, assim seja.
- Calma... Calma lá... quero o quê? De que estamos a falar?!
- Do que tu disseste.
- Mas eu não disse nada.
- Exacto.
- Como?
- Será como tu queres.
- Então eu quero que conversemos normalmente.
- Eu estou a conversar normalmente.
- Não me parece. Ainda não me explicaste o que queres, muito menos o que pensas.
- Eu quero que conversemos normalmente, mas tu não queres por isso será como tu quiseres.
- Eu não quero?! Onde é que disse isso?!
- Não disseste. É o mesmo.
- Não, não é. Eu disse que queria falar normalmente. Se os dois queremos falar normalmente então falemos normalmente.
- Assim não dá. Não consigo estar assim.
- Como assim não dá?! Não dissemos os dois que queriamos conversar normalmente?
- Sim.
- Então qual é o problema?
- Nenhum.
- Ok. Então falamos normalmente?
- Tu não queres, portanto não dá.

E é neste ponto que num gesto de desespero arremessa a testa contra a parede de betão provocando um extenso ferimento na cabeça.

Meus pequenos kiwis maduros... desejo-vos uma boa continuação.

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